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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Danilo Cabral diz que 'foi um erro' o apoio do PSB ao impeachment para tirar Dilma

Vinícius Sobreira, Brasil de Fato - Em entrevista exclusiva para o Brasil de Fato Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral (PSB), candidato ao Governo do Estado, classificou como “erro” e “equívoco” a posição do seu partido na votação sobre o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Apesar de passados seis anos, seu voto “sim” tem custo eleitoral até hoje. Danilo tem apoio oficial de Lula e do PT, mas a base eleitoral do partido o critica pelo voto.


Danilo foi o primeiro da série de entrevistas do Brasil de Fato com os candidatos ao Governo de Pernambuco. Ele cobrou explicações de sua adversária Marília Arraes (SD) sobre votações no Congresso e pela ausência dela nos debates. O candidato também prometeu um programa de estímulo ao emprego em que o Governo do Estado pagará parte do salário de trabalhadores contratados pela iniciativa privada, elencou obras prioritárias, prometeu abrir 11 CEASA's no interior e cozinhas comunitárias servindo refeições gratuitas em todos os municípios. Sobre reforma agrária, propôs apenas “diálogo”. 


A ordem das entrevistas foi definida de acordo com a disponibilidade dos candidatos. Foram convidados os oito candidatos que alcançaram ao menos 1% nas intenções de voto da pesquisa do instituto Ipec do último dia 15 de agosto. São eles: Marília Arraes (SD), Raquel Lyra (PSDB), Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (UB), Danilo Cabral (PSB), João Arnaldo (PSOL), Jones Manoel (PCB) e Cláudia Ribeiro (PSTU).


Danilo Cabral é deputado federal em 3º mandato e candidato pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), apoiado pela coligação Frente Popular, que reúne nove partidos. Cabral já foi secretário estadual de Educação, das Cidades e de Planejamento nas gestões de Eduardo Campos e Paulo Câmara; secretário de Administração da prefeitura do Recife, na gestão João Paulo; e vereador do Recife, sempre pelo PSB. Ele é natural de Surubim, no Agreste, e é concursado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE). Confira algumas falas do candidato sobre os temas abaixo.


"O PSB já se posicionou sobre isso, através do nosso presidente Carlos Siqueira. A posição que nós tivemos foi errada. Mas sou filiado ao PSB há 32 anos e sou disciplinado. Já tive embates em que minha posição foi derrotada, mas estou no partido em função de um projeto político, não um projeto pessoal. Tem gente que quando sofre derrotas dentro do partido, já sai para outro partido, achando que só o caminho dela pode prevalecer." 


"O PSB cometeu esse equívoco, mas no Congresso Nacional eu fiz oposição ferrenha ao governo Temer, votei contra a reforma trabalhista, a da previdência, a PEC do Teto de Gastos, contra as privatizações, sou presidente das frentes parlamentares em defesa da Chesf e da Assistência Social, sou da comissão da educação, vice na comissão do Fundeb. Essas são minhas posições. Tivemos um equívoco claro lá atrás, foi um erro, mas veja o que fizemos desde lá."


Sobre Marília Arraes 

"Olhe a nossa chapa: Danilo; Luciana Santos, presidenta do PCdoB; Teresa Leitão, educadora e cinco vezes deputada pelo PT. É a chapa que tem a cara de Lula em Pernambuco, que tem a defesa das lutas dos trabalhadores. Agora olhe a chapa de Marília Arraes. Como se posicionaram André de Paula (PDS) e Sebastião Oliveira (Avante), componentes da chapa dela, nas votações da reforma da previdência?" 


"Onde estava Marília quando as universidades sofreram cortes no orçamento? Quando as vacinas estavam sendo votadas, com alguns defendendo que setores privados pudessem adquirir as vacinas antes do público, ela se ausentou da votação. Ela está envolvida com orçamento secreto, que o presidente Lula disse ser safadeza. Marília se aliou a Arthur Lira e traiu o PT na eleição da Mesa Diretora da Câmara. Ela precisa esclarecer essas posições, mas está fugindo do debate, um ato de despreparo ou de arrogância."

Leia a entrevista completa clicando aqui!

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