Do: Pernambuco 247
Com a decisão dos policiais e bombeiros militares de Pernambuco em manter a greve na corporação por tempo indeterminado, o governador João Lyra solicitou à presidente Dilma Rousseff o emprego de tropas do Exército e o envio de homens da Força Nacional de Segurança para garantir a segurança da população. A previsão é que as equipes entrem em operação ainda na manhã desta quinta-feira (15). A Justiça, através de uma ação impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, decretou a ilegalidade da greve no início desta manhã. A multa em caso de descumprimento da ordem para o retno imediato ao serviço é de R$ 100 mil por cada dia de paralisação.
A categoria, contudo, pretende manter a greve e organiza uma nova manifestação pelas ruas do Recife para esta quinta-feira. Os grevistas prometem se concentrar em Frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, como forma de pressionar pela realização de uma nova rodada de negociação. Os militares entraram em greve nesta terça-feira (13).
O pedido de tropas federais foi precedido por uma longa conga conversa entre João Lyra e o governador da Bahia, Jaques Wagner. No estado baiano, em apenas 48 horas de paralisação foram registrados 52 homicídios e uma onda de saques em diversos pontos do estado. “O governador destacou que os manifestantes não tiveram um centavo de aumento após a greve”, disse Lyra.
O principal ponto de entrave nas negociações é o aumento salarial pleiteado pela tropa, que deseja um acréscimo de 30% para soldados e suboficiais e 50% para os oficiais, além de outros pontos como a implantação do plano de cargos e carreiras, melhoria das condições do sistema de saúde da corporação, dentre outras reivindicações.
Enquanto o impasse continua, o caos começa a se instalar em diversos pontos da Região Metropolitana do Recife. A situação mais grave aconteceu no município de Abreu e Lima. Ali, cerca de 300 pessoas – incluindo mulheres, crianças e idosos – bloquearam a rodovia BR-101 Norte e promoveram uma onda de saques a carros e caminhões que ficaram presos no engarrafamento. Em seguida, as lojas do centro da cidade foram saqueadas. Policiais civis e homens da Polícia Rodoviária Federal tiveram muito trabalho para conseguir impor a ordem no local. Pelo menos 11 pessoas foram presas.
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