Com a popularidade em baixa e tentando colar os cacos de seu governo, já que aliados como o PSDB e DEM não apenas estão se afastando como estão avançando sobre suas bases eleitorais, além de enfrentar uma ameaça de debandada da ala liderada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e seu filho, o ministro das Minas e Energia, Fernando Filho (PSB-PE), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), terá um cenário eleitoral conturbado em sua disputa pela reeleição.
Segundo pesquisa realizada em abril pelo Instituto Uninassau, Paulo Câmara registra apenas 6% das intenções de voto dos pernambucanos. A disputa eleitoral para o Governo do Estado é liderada pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB), com 22%, seguido pelo atual ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), com 12%. O ministro das Cidades, Bruno Araújo, aparece com 2% da preferência do eleitorado.
O senador Armando Monteiro, que perdeu a última eleição para o governo estadual para o socialista, vem aproveitando o baixo desempenho do rival para pavimentar sua candidatura em 2018. Nesta linha, ele não descarta abrigar possíveis dissidentes do PSDB e DEM, além de tentar firmar uma aliança com o PT, diz matéria publicada pelo jornal Valor Econômico.
Também de olho na fragilidade eleitoral do governador, DEM e PSDB tem feito movimentos que podem rachar ainda mais a já combalida coalização que garante a sustentação do governo do PSB. O Presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), primeiro na linha de sucessão presidencial, tem se aproximado cada vez mais do clã Coelho, o que pode resultar na migração da ala comanda por eles para o Democratas.
Neste final de semana, Maia viajou à Petrolina para o casamento do prefeito Miguel Coelho (PSB), irmão do ministro Fernando Filho. O ministro da Educação, Mendonça Filho, seria um dos intermediadores do processo.
No PSDB, o ministro Bruno Araújo e o tucanato pernambucano também têm elevado o tom das críticas ao governo Paulo Câmara. Apesar disso e de estar fora da base governista, o PSDB ainda não sabe se lançará um candidato para disputar a eleição estadual ou se irá se realinhar e a apoiar a reeleição de Paulo Câmara.
Diante das dificuldades, o PSB vem tentando uma reaproximação com o ex-aliado histórico PT, o que inclui até mesmo o aval inédito da família do ex-governador Eduardo Campos. As duas legendas romperam as relações após Campos se lançar candidato à Presidência da República e apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno em 2014, e apoiar o impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff. O PT, porém, não esconde estas mágoas e vem descartando uma possível reaproximação.
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