Por Altamir Pinheiro

Conforme nos conta a ardorosa fã de Jacque Bisset, Ana Cristina Marques, apesar de nunca ter casado, Bisset teve quatro companheiros de longa data e é mãe de dois filhos. Mas esta é também a mulher que, ainda como adolescente, se viu “obrigada” a ser modelo para sustentar a família (a mãe francesa, diagnosticada com esclerose múltipla, foi abandonada pelo pai inglês). Apesar disto, sempre foi insegura quanto à aparência, mesmo sendo, em tempos, um sex symbol. Hoje, prestes a completar 75 anos, no seu aniversário de 70 anos de idade ela afirmou ao GUARDIAN que, “As mulheres mais velhas continuam a querer ter sexo, mas os homens não querem dormir com elas”...
Depois de tantos anos a ser cobiçada pela imagem feminina. Apesar de, nas décadas de 1960 e 1970, ter contracenado ao lado de atores como Steve McQueen, Frank Sinatra, Christopher Plummer e Marcello Mastroianni, foram as cenas subaquáticas protagonizadas no filme O Fundo do Mar, de Peter Yates (1977), que levaram o nome Bisset à ribalta. Bela fotografia e uma boa trama sustentada pelo carisma e beleza de Jacqueline Bisset e a atuação sempre forte de Nick Nolte. Com 50 anos no batente — a mais recente participação enquanto atriz remete para o filme BEM-VINDO A NOVA IORQUE, de Abel Ferrara, onde dá vida à esposa de um executivo viciado em sexo, interpretado pelo francês Gérard Depardieu. A história tem um fundo de verdade e inspira-se no mediático caso de Dominique Strauss-Kahn.
Na sua vasta biografia a sedutora tem uma frase emblemática quando afirma que, “Comportamento animal ainda domina homens e mulheres”. Não é à toa que, vestindo camiseta branca molhada em O FUNDO DO MAR (1977) ou transando no banheiro de avião em RICAS E FAMOSAS (1981), Jacqueline Bisset enlouqueceu os homens no esplendor da sua beleza e juventude. “Naquela época nem tinha total consciência do meu poder de sedução’’, conta à Status a atriz inglesa, que se mantém bonita e esguia aos 75 anos. Por receber poucos convites para filmar (“com a idade, acham que virei uma mulher tediosa’’), Bisset agarrou a chance de viver a esposa do banqueiro viciado em sexo (Gérard Depardieu) de Bem-Vindo a Nova York.
Entres os diretores com quem trabalhou, estão mestres como François Truffaut, John Huston, George Cukor, Roman Polanski, e mais recentemente Abel Ferrara e Stephen Poliakoff. Foi este último que lhe deu o papel com quem ganharia o Globo de Ouro 2014 de melhor atriz coadjuvante, na série DANCING ON THE EDGE. Na ocasião, ela fez um dos discursos de agradecimento mais antológicos da premiação tentando explicar o que de fato sentiu ao receber o troféu 47 anos depois de ter levado o prêmio de revelação e, no período, ter sido cinco vezes indicada.
Em uma entrevista dada a imprensa brasileira, Jacque Bisset afirmou que em seus primeiros trabalhos, década de 1960, ela foi constantemente escalada para papéis que valorizavam seus dotes físicos. Em 1977, seu STATUS DE SEX SYMBOL chegou ao auge com o filme “O Fundo do Mar” famoso pelas cenas subaquática protagonizada por uma Bisset trajando apenas camiseta molhada e parte debaixo do biquíni. Além de boa bilheteria, o filme rendeu ao produtor uma frase que se tornou clássica nos bastidores do cinema: “Aquela camiseta me fez um homem rico”. Na ocasião disse a atriz: “Fui completamente enganada ou explorada, não durante a rodagem, mas pelo estúdio. Eles não tinham o direito de usar fotos minhas sob a água para promover o filme. Não estava no contrato”.
Há cinco anos mais precisamente em 2014, um dos rostos mais lindos do cinema de todos os tempos esteve no Brasil para participar do 6º Festival do Cinema em Paulínia e deu uma canja para o Programa de Jô Soares: Assista-a: https://globoplay.globo.com/v/3522725/
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