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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Titanic: Se você pular, eu pulo, lembram-se?

Por Altamir Pinheiro

O longa-metragem mais amado e  aclamado do mundo foi escrito e dirigido por James Cameron(o visionário diretor de “Avatar”) e teve como protagonistas Leonardo DiCaprio (Jack) que na época, 1997, tinha apenas 23 anos e sua namorada Kate Winstel (Rose), 22. A trama é de um artista pobre e uma jovem rica que se conhecem num Cruzeiro Londres/Nova Iorque e se apaixonam. Titanic é um filme trágico, um drama onde se mistura o romance, que serve de fio condutor à tragédia, e a ação, em que os excessos de efeitos especiais ocupam o lugar de honra. Baseado em fatos reais, retrata o desastre marítimo, ocorrido no início do século XX(1912), que deixou marcas profundas na história da navegação universal.  O maior transatlântico de todos os tempos, considerado o mais seguro,  surpreendentemente, afundou nos mares do Atlântico Norte após, à noite,  bater num ICEBERG.  1.500 pessoas morreram e quase  800 salvaram-se. Entre as que escaparam,  90% foram  mulheres e crianças. As mortes tanto se deram por afogamentos como também por hipotermia causada pelas águas geladas do oceano. Neste texto faça a viagem,  apaixone-se e viva o Titanic, no bom sentido, claro!!!   

Símbolo sagrado  da ousadia humana, orgulho da engenharia náutica, colosso de 269 metros de comprimento e 46 mil toneladas, obra-prima de 7,5 milhões de dólares foi o custo  na época,  TITANIC, tido como indestrutível pelos mais insuspeitos especialistas, naufragou em sua viagem inaugural. Desde a tragédia, O TITANIC apareceu em todos os meios de comunicação de massa do século 20 - livros, canções, peças teatrais, filmes, e até minisséries.   Sua imagem se tornou um símbolo da cultura popular desde quando desapareceu nas águas gélidas do Atlântico Norte. Das primeiras manchetes as primeiras fitas, tornou-se parte da nossa consciência coletiva, e uma história reinventada no cinema de várias formas, do melodrama a propaganda política, de lendas de coragem a atos de sacrifício por amor.

Até então, 1996,  foi o 1º filme na história do cinema a ultrapassar a barreira do um bilhão de dólares arrecadados apenas nas bilheterias. O filme permaneceu na lista das 10 maiores bilheterias da semana, nos Estados Unidos, por quase seis meses.  O filme Titanic custou mais do que o navio em si. A construção do navio, que ocorreu entre 1910 e 1912, custou US$ 7,5 milhões, que corrigidos para valores de 1997 ficariam em torno de US$ 150 milhões. Por sua vez, a produção cinematográfica foi orçada em US$ 200 milhões, que à época fazia da obra a mais cara de todos os tempos. A 20th Century Fox precisou construir um estúdio novo para comportar a equipe de filmagem de Titanic e a réplica do navio, que tinha quase a mesma escala do original e que não cabia em nenhuma outra propriedade da empresa. A companhia comprou 15 hectares de terra no litoral sul do México, onde construiu um tanque com mais de 60 milhões de litros d’água. 

Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção e mais nove estatuetas. Globo de Ouro de Melhor Filme e Melhor Direção. Usou o malfadado navio como pano de fundo para uma história de amor épica. Seu orçamento de 200 milhões de dólares foi um dos maiores de toda a história do cinema. Lotou os cinemas do mundo todo, transformando DiCaprio e Winslet em estrelas. O  trágico e inesperado naufrágio fez com que, na telona, surgisse uma dezena de versões, mas os dois melhores são TITANIC  de 1997 e  SOMENTE DEUS POR TESTEMUNHA DE 1958, outro muito bom é O DESTINO DO POSEIDON de 1972. O interessante em tudo isso é saber que,  o primeiro filme a ser produzido sobre a tragédia data do mesmo ano, 1912, e ainda mais interessante que a atriz protagonista é uma das reais sobreviventes. O primeiro filme sobre o naufrágio, “Salva do Titanic”, foi realizado ainda no cinema mudo, em 1912, seguido do alemão “Na Noite e no Gelo”, lançado no mesmo ano. Outros apenas se inspiraram no famoso naufrágio, como  Atlantis DE 1913 -,  Atlantic DE 1929 -, A História Começou a Noite  DE 1937 -,  O Grande Naufrágio  de  1960 -, O Destino do Poseidon  de   1972 -, e o  Dramático Reencontro do Poseidon  de 1979.

O episódio trouxe curiosidades bastante  peculiares como por exemplo e também por  ironia do destino havia um treinamento de emergência marcado com os passageiros para a mesma data em que o navio afundou, mas o capitão por algum motivo resolveu cancelar. Se o treinamento agendado realmente tivesse acontecido, provavelmente mais pessoas teriam sido salvas;  posteriormente foi constatado que,  muitos dos barcos salva-vidas não estavam com a sua capacidade máxima de pessoas a bordo. Se estivessem, seria possível salvar 53% dos passageiros, mas apenas 32% deles sobreviveram;  outro fato bastante hilariante ou homérico aconteceu com um dos rapazes que trabalhava na cozinha do navio (Charles Joughin),  que conseguiu sobreviver na água por duas horas em temperaturas abaixo de zero porque tinha bebido muito whisky antes do naufrágio, o que manteve seu corpo aquecido tempo suficiente para o resgate.

Crenças à parte, há quem diga que, o naufrágio do Titanic foi castigo divino em razão do proprietário do navio Bruce Ismay,  e Thomas Andrews, o projetista, tenham usado  a famosa e infame declaração que ainda  hoje é lembrada como a culpa da tragédia. Eis a frase arrogante que alegam ter sido proferida:  “NEM DEUS PODE AFUNDAR O TITANIC”. No entanto, o momento não é baseado em qualquer fato ou pessoa verídica, mas sim na crença não confirmada de que a frase tenha sido usada na época. Conforme a fonte destinodosnavios,  o  que se sabe é que  a revista ''The Shipbuilder'' em 1911 (um ano antes do naufrágio), se referindo à segurança dos novos navios, publicou apenas a seguinte declaração sobre os dois navios que estavam sendo fabricados, o  Olympic e o Titanic: ''NA MEDIDA DO QUE É POSSÍVEL CONCEBER, ESTES DOIS MARAVILHOSOS NAVIOS SÃO PROJETADOS PARA SEREM INAFUNDÁVEIS''.  No entanto, apesar de muitos reveses sobre as informações, a famosa frase jamais foi utilizada com a palavra “DEUS” envolvida.

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