Segundo o levantamento, os principais fatores que aumentam a desertificação são o desmatamento, as queimadas e a retração das superfícies de água.
Principalmente no que diz respeito à agricultura irrigada e de grande porte, que cresceu 1.456%. Para os pesquisadores, isso representa também a pouca preservação desse ecossistema que, apesar de ser o único bioma exclusivamente brasileiro, é o menos preservado.
“Se nós compararmos com outros biomas, o percentual nosso é muito baixo, não alcançamos nem 2% de áreas protegidas. Então, nós precisamos divulgar mais as riquezas naturais do bioma e exigir que esse percentual de áreas protegidas se amplie. Caso contrário, a gente tem um risco muito grande disso se acelerar e a gente ter perdas irreversíveis, tanto da biodiversidade, quanto da geodiversidade”, analisa o coordenador da MapBiomas Caatinga, Washington Rocha.
O estado de Pernambuco apresentou um aumento de 259% de áreas sem vegetação nos últimos 36 anos, principalmente no município de Cabrobó, e na divisa com os estados do Ceará e Paraíba. Nesta região, está o município de Jataúba, no agreste pernambucano, onde o técnico em agroecologia e agricultor Gildo José da Silva tem sentido na pele as mudanças nos últimos anos.
Outro ponto que contribui para o avanço da desertificação é a falta de conscientização ambiental, que muitas vezes faz com que as pessoas destruam o solo sem a consciência das consequências dessas ações.
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