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sábado, 12 de setembro de 2020

Pernambuco completa seis meses de enfrentamento à Covid-19 e números continuam em queda

O Estado de Pernambuco completa, neste sábado (12.09), seis meses da confirmação dos dois primeiros casos da Covid-19. Em entrevista coletiva online, o secretário estadual de Saúde, André Longo, fez um balanço das ações da gestão estadual no período e recebeu o epidemiologista e ex-secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, referência nacional na área, que apresentou estudo sobre a evolução da doença no Estado. Após o período de aceleração da pandemia, em abril, e o pico da doença em maio, os principais indicadores vêm registrando uma queda que tem, inclusive, se acentuado ao longo das últimas duas semanas.

De acordo com os dados apresentados por Wanderson Oliveira, o número de casos da Covid-19 está em queda desde meados de maio, o que vem sendo sentido na rede hospitalar, com menos pedidos por leitos na Central de Regulação. Também foi neste mês que ocorreu o pico de confirmação de óbitos pela doença, seguido de uma constante diminuição nas mortes - comparativamente, no Brasil, essa queda começou a ser sentida apenas a partir de julho. O epidemiologista ainda ressaltou que, em média, a morte ocorreu em 15 dias após o início dos sintomas.

Oliveira também frisou que a positividade dos testes realizados na população pernambucana também vem caindo, saindo de mais de 60% em maio para os atuais 15%, ou seja, de cada 100 testes, 15 detectam o vírus. Essa análise leva em conta a biologia molecular (RT-PCR), que detecta o vírus em sua fase mais aguda, ou seja, no momento em que a pessoa está com maior capacidade de transmitir a doença.

Em relação aos principais sintomas apresentados pelos pacientes, 89% tiveram dispneia e 68%, tosse, em relação aos que vieram a óbito. Nos casos em que não houve morte, 59% tiveram tosse e 6%, febre. Nos pacientes com fatores de risco para o adoecimento, os problemas cardíacos (48%) e diabetes (28%) foram os principais registrados entre os que foram a óbito. No geral, 64% dos pacientes que faleceram e 13% dos casos tinham algum fator de risco. No quesito raça e cor, o epidemiologista notou que 36% dos óbitos não tinham esse campo preenchido. “Conclamo aos profissionais que atentem para o preenchimento mais correto da ficha de notificação, para que tenhamos uma informação mais precisa”, disse.

PLANO DE CONVIVÊNCIA – A partir da queda dos indicadores da Covid-19 em Pernambuco, o Governo implantou o Plano de Convivência com a Covid-19, que nesta quinta-feira (10.09) completou 100 dias. O Plano é baseado em um conjunto de indicadores e estruturado a partir de 11 etapas, com uma matriz de risco de cinco níveis, considerando o estágio da pandemia em cada região do Estado, o risco sanitário do retorno de cada setor e a vulnerabilidade econômica de cada área.

“Até termos uma vacina que possa ser aplicada em massa na população, teremos que aprender a conviver com a doença, com cuidados e novos protocolos incorporados ao cotidiano. Continuar com a queda dos indicadores e, consequentemente, ter mais vidas salvas e novas medidas de abertura, depende apenas das nossas atitudes. Todos nós gostaríamos de voltar a uma vida normal, mas não existem condições quando se tem a circulação de um vírus que causa dor, morte e sofrimento”, explicou André Longo.

O secretário concluiu aconselhando o reforço dos hábitos de higiene e protocolos sanitários. “Lavar as mãos com frequência; usar a máscara corretamente cobrindo a boca e o nariz; e cumprir o distanciamento social, evitando aglomerações, é uma questão de compromisso e uma demonstração de cuidado com todos que estão a nossa volta”, ressaltou.

Foto: Aluísio Moreira/SEI

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