As principais candidaturas ao governo de Pernambuco para as eleições 2018 (Paulo Câmara, do PSB, e Armando Monteiro Neto, do PTB) intensificaram o tom para o debate que promete ser um dos mais acirrados da história daquele estado. Para apimentar a disputa, as duas alas tentam se desvencilhar da imagem de Temer e colá-la no adversário. Não é para menos: Temer é dono da maior impopularidade da história das pesquisas de aprovação.
"Na nota publicada pelo PSB, o partido do governador chama a chapa de oposição de "turma do Temer" por abrigar três ex-ministros do atual governo — o deputado federal Mendonça Filho (DEM), que comandou o Ministério da Educação até abril deste ano; o presidente do PSDB Pernambuco e deputado federal Bruno Araújo, ex-ministro das Cidades desde novembro de 2017; e Fernando Filho (DEM), ex-PSB e que esteve a frente da pasta de Minas e Energia também até abril deste ano.
'Paulo obteve essas conquistas apesar da perseguição do Governo Federal e do trabalho contrário dos três ministros pernambucanos da 'turma do Temer', diz o texto, que se refere à chapa como um 'ajuntamento de siglas desconectado da realidade do povo' e que foi 'construído apenas para fins eleitorais'. 'A agenda dessa 'turma' é retrógrada e anti-povo, pois aumenta sem controle o preço dos combustíveis e do gás de cozinha, provoca um desemprego sem precedentes, retira direitos dos trabalhadores e quer vender as águas do rio São Francisco', declarou o partido."
Em resposta, a oposição afirmou que Câmara apoiou o então candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) em 2014 e "foi decisivo" na aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. “A verdade é que o PSB foi decisivo no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e o governador Paulo Câmara, que apoiou Aécio Neves em 2014, teve participação direta ao liberar todos os deputados do PSB de Pernambuco votaram a favor da deposição", diz o texto. "Afinal, quem é mesmo a 'turma do Temer?'”, questionou a oposição.
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