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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

50 anos após Luther King, médicos em fortaleza imitam Little Rock e envergonham o Brasil


Há exatos 50 anos, no dia 28 de agosto de 1963, Martin Luther King Jr., o maior ativista na luta pelos direitos em todos os tempos, fez seu mais célebre discurso, no Lincoln Memorial, em Washington. A frase "I have a dream" ("eu tenho um sonho") para sempre ecoará como uma obra-prima da retórica política. "Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!", disse Luther King Jr., na data histórica.

Seis anos antes, na cidade de Little Rock, no Arkansas, um estado marcado pelo racismo e pelo passado escravocrata, o presidente Dwight Eisenhower enviou tropas militares para garantir a segurança de nove estudantes negras que haviam sido admitidas em uma escola para brancos. Naquele ano, em 1957, os Estados Unidos haviam abolido todas as leis que ainda permitiam a segregação racial e os estudantes protegidos por militares ficaram conhecidos como "os nove de Little Rock".

Mesmo escoltados, no entanto, estudantes negros eram hostilizados por brancos que combatiam as políticas de igualdade e ação afirmativa, como numa foto que ainda paira como uma mancha na história dos Estados Unidos.

Cinquenta anos depois do histórico discurso de Martin Luther King Jr., a cena indigna de Little Rock foi repetida em Fortaleza, capital do Ceará, quando uma turba de médicos tomados por um instante de selvageria armou um corredor polonês contra médicos cubanos e passou a gritar "escravos, escravos".
Postada no 247, a imagem do cubano Juan Delgado sendo hostilizado por duas médicas brasileiras, captada pelo fotógrafo Jarbas Oliveira, registra, com precisão, o espírito de um tempo. Um tempo mesquinho, egoísta, em que doutores brasileiros, que se negam a atender brasileiros em regiões remotas, hostilizam quem se dispõe a fazer esse trabalho. Uma obra-prima que, certamente, dará ao fotógrafo os prêmios mais importantes de sua atividade neste ano. E que, de tão marcante, já foi compartilhada por mais de 200 mil pessoas no Facebook – um marco na internet brasileira.

Dos mais de 2 mil comentários postados na matéria de ontem, mais de 90% demonstraram indignação e vergonha alheia com a atitude dos médicos cearenses. Alguns questionaram o fato de o 247 ter descrito na matéria que Juan Delgado é um médico negro. Simples. Ser chamado de "escravo" é uma ofensa para qualquer ser humano. Mas uma ofensa que repercute ainda mais na alma de pessoas cujos ancestrais foram efetivamente escravizados.

Ao comentar as agressões, o próprio Delgado se disse impressionado com a manifestação e disse ser um homem livre, que veio ao Brasil para ajudar – segundo ele, para ser "escravo da saúde e dos doentes". Exemplos de preconceito, no entanto, se espalharam pela internet, como no Facebook da jornalista Micheline Borges, que disse que médicas cubanas se parecem com "domésticas".
No Brasil, ainda não apareceu um Martin Luther King Jr. capaz de dizer uma frase simples e poderosa. Simplesmente "eu tenho um sonho". Um sonho banhado por igualdade e tolerância.
Brasil/247

4 comentários:

  1. PARABÉNS AOS MÉDICOS BRASILEIROS POR RECHAÇAR E DIZER NÃO A ESCRAVIDÃO. OS MÉDICOS CUBANOS SÃO MERCADORIAS, ESTÃO AQUI, NO BRASIL, EM REGIME DE ALUGUEL E SEM SUAS FAMÍLISA QUE FICAM EM CUBA REFÉNS PARA NÃO PEDIREM ASILO AO BRASIL. PARABÉNS AOS MÉDICOS BRASILEIROS POR DIZER NÃO A ESCRAVIDÃO E UMA BANANA PARA A DILMA APAGÃO!!!

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    1. Anônimo8/30/2013

      verganha, vergonha e mais vergonha, para nós brasileiros. que recepção, que médicos bem educados, aliás qual foi a universidade que eles se formaram.

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  2. rodrigo tenorio8/30/2013

    que camarada ignorante, e você não viu que os médico brasileiros chamaram os cubanos de macacos também, então vamos dar parabéns para esses imbessis que ao invés de abraçar a causa humanitária, rechaçam e mostram o seu valor. os médicos brasileiros mal atendem os seus pacientes imagine na situação de prestar um apoio humanitário. entendeu seu altamir,você com certeza e mais uma pessoa que entende na da de humildade, e que não devir precisar de nada nem de ninguém.

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  3. NEM BEM CHEGARAM, OS “NEGÃO MÉDICOS TREINADOS NA GUERRA DE GUERRILHA DOE FIDEL” JÁ TÃO CAUSANDO UM AUÊ NEGATIVO DA GOTA SERENA NO INTERIORZÃO DO BRASIL. OS PREFEITOS QUE TÊM SEUS MÉDICOS BRASILEIROS CONTRATADOS COM RECURSOS DA PREFEITURA, ESTÃO DEMITINDO ESSES, E FICANDO COM A CAMBADA DE CUBA QUE É DE GRAÇA E POR CONTA DA DILMA. QUER DIZER, COM A SAÍDA DESSES PROFISSIONAIS BRASILEIROS QUE PRESTAM SERVIÇOS NOS PSF’s DOS MUNICÍPIOS ESPALHADO PELO BRASIL AFORA, AGORA, O PROGRAMA DO PT “MAIS MÉDICOS” VIRA “MENOS MÉDICOS”. PARA SE TER UMA IDEIA DA TRAGÉDIA QUE VEM POR AÍ, SÃO 701 CIDADES QUE PAGAM EM TORNO DE 30 MIL POR CADA MÉDICO E AGORA VÃO TER MÉDICOS DE 10 MIL REAIS POR MÊS E MESMO ASSIM PAGO PELA DILMA. TEM CIDADE QUE MANTINHA EM SEU QUADRO 6 MÉDICOS PAGANDO 180 MIL POR MÊS A ELES, E, AGORA, ESSE PREFEITO, QUE DE BESTA NÃO TEM NADA, VAI PEGAR ESSA GRANA E BOTAR NO PÉ DO CIPA E OS MÉDICOS CUBANOS QUE SE VIREM PARA DAR CONTA DO RECADO...

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