Seguidores

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Bestializados

Tem um livro de História, intitulado “Os Bestializados”, de autoria de José Murilo de Carvalho, que ajuda a entender um pouco o Brasil.

O autor mostra como a população brasileira assistiu de forma passiva, “bestializada”, a proclamação da República.

Passados tantos anos desde 1889, algumas coisas permanecem do mesmo jeito.

É o caso dessa farsa do afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Guerreira, corajosa, decente, preferiu entrar para a história olhando na cara os hipócritas, corruptos e canalhas (como classificou Roberto Requião) que infestam o Senado da República.

Gente que é só mau caráter mesmo e está lá, com um mandato dado pelo povo.

Um certo povo, bestializado, desinformado politicamente, que não lê livros, não tem argumentos para debater e se acha o tal porque diariamente vê algumas besteiras dos pequenos burgueses no Facebook.

Milhões de pessoas, das classes baixas, média e alta, sem a menor noção dos mecanismos da política, do valor da democracia, da brutalidade de uma ditadura, da importância de se governar para os mais pobres.

Satisfazer-se com Temer é como achar que a masturbação vale tanto quanto fazer amor com uma mulher.

Feliz a expressão do historiador: “Bestializados”.

Na declaração da independência!  Na proclamação da República! Na aceitação do golpe militar de 64 e do golpe parlamentar de 2016!

É do analfabetismo político citado pelo poeta e teatrólogo Bertolt Brecht e da passividade de um povo bestializado que vingam os Collor de Melo, os Celso Pitta, os Tiriricas e os Cristóvão Buarque da vida.

Felizmente que nem todos estão passivos, bestializados, alienados. Há gente consciente, apesar da Globo, da Veja, do Estadão, da direita torpe e do poder econômico.

Dilma ao resistir foi mais corajosa do que Getúlio, que se matou, do que Jânio e Collor, que renunciaram e de que o próprio Jango, que fugiu após o golpe que o apeou do poder.

Mulher valente. Que teria deixado o senado inteiro vermelho de vergonha, se aqueles senhores tivessem pelo menos um pingo de dignidade.

Dilma mais uma vez prestou serviço ao país, serviu à democracia, tirou a máscara dos falsos, destruiu o que restava de Aécio Neves e outros rebotalhos da política, animou os que sabem da necessidade de resistir. 

Hoje, amanhã, em 2018.

Os covardes, os oportunistas, os demagogos, os golpistas pagarão um preço caro pelo engodo a que estão submetendo o país, pelo crime cometido, por liquidar a esperança dos jovens, por querer tirar os direitos conquistados pelos trabalhadores.

Querem voltar à Casa Grande e Senzala? Aos tempos da escravidão? Censurar e reprimir novamente? Voltar 50 anos no tempo?

Em 2018 até os bestializados poderão acordar e na hora do voto vão dar o troco aos vendilhões do templo, aos que mais uma vez jogaram Jesus às feras e deixaram livre Barrabás.

Brasil, mostra tua cara.
Por jornalista Roberto Almeida

Um comentário:

  1. O CHEIRA PÓ AÉCIO NEVES MATOU A PAU QUANDO FEZ A SEGUINTE ADVERTÊNCIA A PRESIDENTA INOCENTA: “Vossa Excelência recorre aos votos que recebeu como justificativa. Mas voto não é salvo-conduto. É delegação que pressupõe deveres e direitos. E o maior dos deveres de quem recebe votos é o respeito às leis e à Constituição”. Na verdade, Dilma nunca conheceu e nunca quis saber qual o significado da palavra democracia e muito menos teve respeito ao Congresso Nacional. Simplesmente, Dilma é uma exímia torturadoura: quando era terrorista, Wanda defendia a substituição da ditadura militar pela ditadura comunista. Ela poderá falar pelo tempo que achar conveniente. Vai falar coisas sem nexo até 31 de dezembro de 2018. Vamos finalmente ficar sabendo porque a dona Dilma (e seus "çábios"), transformou "meta fiscal" em "MERDA FISCAL"...

    P.S.: - O MIMIMI & BLÁBLÁBLÁ DE "GOLPE" É NADA MAIS NADA MENOS DO QUE CONVERSA DE BÊBADO COM DELEGADO...

    ResponderExcluir

Comente aqui!
Lembre-se: comentários com acusações, agressões, xingamentos, e que citem nomes de familiares de quem quer que seja, não serão publicados.

Opine com responsabilidade!