Dilma vai enfrentar seus algozes nesta segunda-feira (29), na sessão do Senado que a julga por crime de responsabilidade. Condenada, terá confirmado seu afastamento, hoje provisório, a despeito de seus 54,5 milhões de votos. Desde que deixou o comando do País, há 109 dias, a “dama de ferro” do PT mantém-se firme no enfrentamento do golpe.
No último dia 24, em seu último ato público, Dilma cunhou seu grito de guerra: “Hoje eu não tenho de renunciar, não tenho de me suicidar, não tenho de fugir para o Uruguai”. Fez alusão a Jânio Quadros, Getúlio Vargas e João Goulart, antecessores que, como ela, viveram situações limites no exercício da Presidência da República Federativa do Brasil.
O último ato público de Dilma aconteceu no Teatro dos Bancários, em Brasília, no “Ato em Defesa da Democracia”. Em seu discurso, a petista afirmou que vai ao Senado, na próxima segunda-feira, defender a democracia. “Vou ao Senado defender a democracia, o projeto político que eu represento, defender os interesses legítimos do povo brasileiro e, sobretudo, construir os instrumentos que permitam que isso nunca mais aconteça em nosso país”, discursou.
Dilma sustentou que o “golpe” que enfrenta é diferente do liderado pelos militares que conduziu o país a uma ditadura de 21 anos. Segundo ela, o golpe militar é como um machado que derruba os direitos fundamentais das pessoas. Já o processo em curso contra ela, ressaltou, é como uma invasão da “árvore da democracia” por parasitas.
“A única coisa que mata as parasitas antidemocráticas é o oxigênio do debate, da crítica e da verdade”, ensinou.
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